O câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo. No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), ele ocupa a primeira posição em mortalidade entre as mulheres; as maiores taxas de incidência e mortalidade estão nas regiões Sul e Sudeste.Para alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença, nesse mês acontece a campanha “Outubro Rosa”. De acordo com o Inca, um em cada três casos de câncer pode ser curado se for descoberto logo no início.Pensando nesse diagnóstico precoce, foi desenvolvido o “Mamamiga Tech”, um projeto desenvolvido pela empresa Provenza Tecnologia e Empreendimentos Sociais Ltda., que contou com a participação de pesquisadores do CEFET-MG no seu desenvolvimento, por meio da Nascente, incubadora de empresas de base tecnológica da Instituição, vinculada à Diretoria de Extensão e Desenvolvimento Comunitário (DEDC). A Mamamiga é uma tecnologia que auxilia na prevenção do câncer de mama e tem o objetivo de proporcionar a experiência de sentir por meio do toque as principais situações encontradas no autoexame. A tecnologia evoluiu e, este ano, foi lançado o modelo didático para auxiliar profissionais da saúde e pacientes no autoexame.A origem do trabalho surgiu em um projeto público, a “Rede Mamamiga Tech”, que vem sendo desenvolvido pela Associação de Prevenção do Câncer na Mulher (Asprecam), desde sua criação, há 38 anos, com pesquisa, capacitação e monitoramento de mulheres atendidas. “A Rede Mamamiga Tech coloca no mercado um produto inovador no Brasil: o Simulador Mamário Mamamiga Tech, que se trata de um simulador mamário integrado ao modelo didático para o exame clínico da mama e do autoexame. Soma-se a isso, a oferta de cursos on-line, para gerar informações a toda a população, relativas, por exemplo, ao câncer de mama, autocuidado, prevenção e, ainda, para dar formação contínua a profissionais da área da saúde”, destaca a presidente da Asprecam, Dilma Rio Verde.A mama digital com assistente virtual para identificar alterações mamárias promete ajudar na detecção de casos por meio de um ambiente virtual de aprendizado (AVA), ligada a uma plataforma digital, que compila ferramentas preventivas, de controle, de tratamento e de qualificação para profissionais da saúde da Rede Sus e iniciativas particulares. Além do tato, a escuta e a visão dos achados é um avanço e todas as informações são imediatamente compiladas no sistema de informação.O professor do Departamento de Eletrônica e Biomédica do CEFET-MG Enderson Neves iniciou o projeto para incorporar a tecnologia nas ações, desenvolvendo a primeira versão multimídia do Modelo Didático Mamamiga e auxiliando na evolução da ideia até a versão atual que está incorporada a Rede Mamamiga Tech. “Desde os primeiros contatos com o projeto em 2010 me encantei e fiz questão de me envolver com a proposta. Promover ações que visam mobilizar a sociedade em prol do diagnóstico e do tratamento precoce do câncer de mama por meio da medicina preventiva, parece-me a forma adequada de tratar esta doença. Fazer parte e poder contribuir um pouco com o Movimento Mamamiga Pela Vida é muito gratificante e nos enche de orgulho, mas não podemos nos esquecer de continuarmos no combate à doença”, conclui Enderson. 1el6d
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